Zebrolin

Para se chegar a Zebrolin passa-se primeiro por uma pequena vila costeira. O seu clima mediterrânico equivale ao de outras seis pequenas vilas em outros seis exactos pontos do globo, ditando casas muradas de branco, uma luz prateada contrastante com o constante azul celeste e o dourado das encostas escarpadas.
Das diversas construções que ligam os humanos à natureza, a ponte de Zebrolin será talvez das que mais marcas deixou no meio dos viajantes das ondas. Conta a lenda que os seus 10 kilómetros de bambu foram alinhavados por escravos escoceses, sereias e atlântidos. A todos estes súbitos das águas o mar continua a prestar-lhes o tributo que os Homens esqueceram: independentemente dos muitos anos que já passaram por Zebrolin, o mar continua tingido de vermelho, como um touro ferido e zangado que por vezes se cansa, mas não desiste.

A qualquer comum mortal, aquela ponte parece chegar a lado nenhum; a qualquer surfista, a ponte faz a ligação entre o agora, mero presente, e o futuro onde realmente interessa estar. Pois apenas a ponte de Zebrolin permite atingir o épico pico de coral, e apenas caminhando pela ponte se o pode atingir.
A esquerda suave que inicia a rebentação nesse extremo pontual tem ainda a particularidade de se prolongar todo o caminho até à costa, onde aos poucos resistentes dessa longa travessia é permitido chegar.


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In order to get to Zebrolin, first you have to pass by a small village in the coast. Its mediterranean climate matches the weather of other six small villages in another exact six points in the globe, which dictates houses dressed in white façades, a silver light contrasting with the constant blue skies and the golden sharp cliffs of its shore.
From the several constructions that connect humans to the nature, the Zebrolin bridge might be the one which left deeper wounds among the waves travellers. According to the legend, its 10 kilometers made of bambu were put together by scottish slaves, mermaids and atlantids. To all these water beings the ocean goes on paying the tribute Men have forgot: no matter how many years have passed by, the sea goes on being painted in red, as a furious, mad, wounded bull that sometimes gets tired, but won’t give up.

To any mortal, that bridge seems to get to nowhere; to any surfers, the bridge is the link between now, simple present, and the future where it really matters to be. For only the Zebrolin bridge allows to reach the epic reef, and only by walking thru its bridge one can arrive there.
The soft left that starts breaking in that punctual extreme has also the detail of going all the way until the shore, where the few resistants of that long journey it is allowded to arrive.